quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Lose that skin

(Matthew Williamson F/W 08.09. Crédito: Style.com)


As peles infestaram muitas passsarelas nestes seis dias de Semana de Moda em Nova York. Seja em detalhes como mangas ou barras de saias e calças ou em pesados casacos, a abundância de animais mortos nos desfiles foi chocante. Muitas peças belíssimas foram arruinadas pela presença incômoda de um adereço humana e moralmente incorreto.


No fórum The Fashion Spot um membro fez a pergunta, "será impossível criar moda outono/inverno sem usar peles?". Eu digo que não. Lãs e materiais sintéticos existem para substituir o uso do couro e de outros subprodutos animais. Minha visão particular é a de que as peles continuam sendo usadas por uma questão de capricho. Uma afirmação desnecessária e cruel da ascendência da moda sobre questionamentos éticos e comportamentais. Ou talvez todos os estilistas que usaram e abusaram das peles tenham querido "apenas" agradar à big boss da Vogue americana, notória usuária de pedaços mortos de outrora lindos e livres animais silvestres (como chinchilas, crocodilos, raposas etc) - ou, no caso das peles made in China, pobres cãezinhos e gatinhos que poderiam estar confortavelmente instalados em um ambiente doméstico, sem serem confrontados com a sombria possibilidade de se transformarem em artigos de luxo de péssimo gosto.

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