Mais frugalismo: pincéis de maquiagem

Algumas semanas atrás eu comecei a pensar seriamente na necessidade de montar um bom conjunto de pincéis de maquiagem - que, convenhamos, podem parecer futilidade mas são muito úteis no fim das contas - mas a necessidade batia nas limitações orçamentárias a que eu me submeti - em bom português, fechei a mão e não estava a fim de abrir.

Comecei a caçar marcas com preços mais acessíveis, já que os pincéis da MAC seriam uma realidade distante. Descobri uma marca chamada Basicare, parecida com a Prada, mas que ainda não era exatamente o que eu estava procurando - as cerdas naturais do pincel de blush não são muito macias e o cheiro é meio estranho. Já o pincel de base líquida, de cerdas de nylon, é bom e faz o serviço direitinho.

Caçando um pouco mais, descobri a ProArt, cujos pincéis se assemelham um pouco mais àqueles usados por profissionais. Comprei três na Americanas.com - um de pó, outro de blush, e mais outro de sombra, todos de cerdas naturais. Gostei muito dos pincéis, são macios, não soltam cerdas, mas têm um cheirinho (que, aliás, piorou depois que eu os lavei) de caca de cavalo, o que me fez pensar que as cerdas vieram do traseiro de um (não, essa não é a origem deles). Tirando esse detalhe, gostei deles, apesar de o pincel de sombra grande custar mais caro do que o de pó, que é enorme.

Mas ainda faltavam pincéis menores, para corretivo, sombra, chanfrado etc. E aí veio a luz - pincéis de pintura! A idéia foi me conquistando, me ganhando, até que achei, no blog da Marina, um post sobre isso - modelos de pincéis de pintura que servem para maquiagem. Perfeito! E lá fui à Casa Cruz, tradicional papelaria aqui no Rio, comprar pincéis Tigre. Achei tudo o que eu queria e mais um pouco - mas, deixo aqui o alerta: os preços não são lá muito camaradas. Tem pincel de mais de R$ 20. É preciso procurar bem para encontrar equivalentes mais em conta.

No fim, consegui montar uma coleção bem digna, com pincéis baratos (o mais caro custou R$ 24,90) e de qualidade. Só falta um kabuki, mas esse eu já decidi: vai ser um Bourjois, porque ninguém é de ferro.

Para quem quer se inspirar e entrar na onda da vaidade frugal, aqui vai uma dica: o blog Vende na Farmácia, cheio de dicas de cosméticos bons, bonitos e baratos.

Peças-curinga: a saia tulipa

Seguindo com a série guarda-roupa francês, mais uma peça clássica e versátil: a saia tulipa preta.



(Link para créditos de imagem - make 01)

Esta é uma combinação boa para o trabalho (se o ambiente permitir um look menos formal) mas que vai bem em outros lugares. Para um look mais sério, uma camisa de corte masculino com um saltinho preto ficam matadores.

Peças-curinga: a gola alta

No meu último post, abordei um conceito que tem se tornado cada vez mais popular naquelas bandas lá de cima (EUA e Europa) e que, aqui no Brasil, parece estar arregimentando adeptas de todas as classes: o capsule wardrobe ou guarda roupa francês, formado por peças-curinga básicas e complementado por um número limitado de peças de estação e acessórios. Uma dessas peças-curinga importantíssimas, em qualquer lugar, é a blusa de gola alta. Ela pode ser utilizada tanto em lugares quentes, como substituta de casacos e jaquetas, quanto em lugares frios, por baixo de casacões de lã.

Aqui no Brasil - onde, dependendo da região, não é preciso muito para se aquecer em dias frios - a gola alta pode ser usada sobre camisetas de algodão mais finas, com um jeans escuro ou com a combinação saia+bota de cano alto. Outra coisa bacana da gola alta é que ela substitui também as echarpes, já que o pescoço fica muito bem protegido.

Algumas combinações:







(Links para créditos de imagens - make 1 e make 2)

Neo-frugalismo e o guarda-roupa francês

Muito tem se falado, ultimamente, sobre uma nova abordagem na maneira e na freqüência com que as pessoas consomem, devido à crise financeira que tomou conta do mundo (e que já chegou ao Brasil, mais rápido e com mais força do que muitos esperavam). Produtos de alta tecnologia, como eletrônicos, e peças de vestuário caras devem ser os primeiros (e mais) atingidos, pois são imediatamente classificados como "supérfluos" (cosméticos não entram nesta categoria, acredito eu, porque temos uma população vaidosa e um mercado que atende a todas as faixas de consumo, da classe A à classe E) e, portanto, serão os primeiros a serem cortados da lista de must-haves dos consumidores brasileiros.

Já há algum tempo vem-se discutindo, nos EUA (onde a crise já perdura por dois anos), uma tendência de consumo voltada para a moda que recupera uma filosofia largamente utilizada na época da 2ª Guerra Mundial e teorizada no livro "A Guide to Elegance", escrito na década de 60 pela francesa Genevieve Dariaux. O chamado "guarda-roupa francês" nada mais é do que um capsule wardrobe, constituído de um determinado número de peças básicas e essenciais em qualquer guarda-roupa - no Brasil, essas peças são popularmente conhecidas como "peças-chave" ou curingas.

Imagine montar um guarda-roupa inteiro com peças-curinga? Agora imagine fazer uma lista, a cada estação, com apenas quatro ou cinco peças essenciais para acrescentar ao seu guarda-roupa? É um desafio e tanto. Em tempos de crise, um guarda-roupa formado de peças que dialogam bem entre si, formando um todo harmônico, versátil e equilibrado, é uma boa opção para quem quer cortar os gastos com novas peças que apenas reflitam a tendência vigente e não acrescentam muito ao estilo pessoal.

Para seguir a filosofia do guarda-roupa francês, é preciso abandonar o padrão de consumo ditado a cada nova estação. É preciso ter disciplina para incorporar as novas tendências em pouquíssimas peças, e deixar o update propriamente dito para os acessórios (que também não serão muitos), maquiagem e cabelos e para o styling do dia-a-dia. É importantíssimo refrear o impulso de renovar o guarda-roupa inteiro e tentar adaptar o guarda-roupa montado à tendência vigente na estação, complementando-o com algumas poucas peças a cada seis meses. Alguns itens não tão básicos vão ajudar a compor um guarda-roupa diversificado, um pouco mais colorido e menos austero.

O "guarda-roupa da crise" é composto de peças duradouras - tanto no estilo quanto no material -, versáteis, em cores que possibilitem diversas combinações - não só preto, branco e azul marinho, mas também aquelas cores que combinam melhor com o tom de pele e o tipo físico -, e de acessórios com as mesmas qualidades, especialmente as bolsas e os sapatos. É aquele guarda-roupa clássico que muitas avós (e algumas mães) têm, mas atualizado para a nossa época, com mais opções e menos limitações de estilo. É um investimento, e uma forma de não só disciplinar o consumo, mas também de levar o estilo pessoal de volta àquilo que é básico, importante e essencial. Quantas vezes você compra um monte de novas peças e se vê naquela dilema de não saber o quê vestir? Um guarda-roupa "em cápsula" pode resolver este problema.

E onde o neo-frugalismo entra nessa história? Simples. Se somos levadas a repensar a maneira como consumimos, passamos a comprar menos, obviamente. E, consumindo menos, adquirimos somente aquilo que realmente precisamos. Desse jeito, fica mais fácil (e alguns R$ mais perto) planejar aquela viagem à Europa - e dependendo do quanto você conseguir economizar, dá até para dar um pulinho na Galeries Lafayette e comprar umas pecinhas francesas clássicas e duradouras.

Para quem quer entender um pouco melhor o que é o neo-frugalismo, aqui vai uma dica de leitura:

http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0934/negocios/produtos-410928.html

Promoção GNT - Banho de Loja

O canal a cabo GNT está com uma promoção mui interessante para quem quer dar uma levantada no guarda-roupa. É o "Banho de Loja", que dará à sortuda vencedora R$ 1 mil para gastar (com roupas, é claro) na companhia da ex-modelo e atual repórter do GNT Fashion, Mariana Weickert. Para participar, você deve responder à pergunta: "Qual é o seu sonho de consumo em tempos de crise?" Boa pergunta, não é? O link para a promoção está aqui. Boa sorte!

Maquiagem mineral

No final do ano passado, resolvi aderir (ainda que parcialmente) a uma tendência que nos EUA virou febre e hoje parece estar mais do que consolidada entre viciadas em makeup. São as maquiagens minerais, feitas de ingredientes naturais e que não levam conservantes, corantes ou aromatizantes.

Aqui no Brasil já é possível comprar maquiagem mineral (a Mary Kay tem uma linha completa com base, blush, sombra, e pó; a L'Oréal tem a sombra Color Minerals; e as marcas Contém 1g e Revlon devem lançar maquiagens minerais por estas terras este ano), mas o preço ainda deixa a desejar, além da pouca variedade de produtos. A dica a seguir é para quem quer economizar dinheiro, mas é necessário ter um cartão de crédito internacional.

A marca americana Everyday Minerals é uma empresa 100% "verde", não só nos produtos mas também no processo de produção e na gestão de recursos. Eles têm uma política de reciclagem interna, além de estimularem os funcionários a levarem uma vida mais ecológica (veja o FAQ). E, para tornar tudo ainda mais interessante, eles vendem produtos de qualidade, a preços muito acessíveis, e despacham para qualquer lugar do planeta (a um frete bem camarada, diga-se de passagem).

No dia 30 de dezembro, encomendei um "sample kit" (um conjunto de amostra grátis que inclui três cores de base, um corretivo e um blush), além de um gloss e mais dois outros blushes. A encomenda toda (incluindo frete) custou US$ 15,05 - o que, pelo câmbio do dia (e por ter sido pago com Pay Pal), ficou em R$ 35,72. A previsão era de que chegasse em até 25 dias úteis, mas a encomenda chegou ontem (15/05), ou seja, em 16 dias corridos. Bem rápido. E, para melhorar, eles ainda mandaram uma sombra de brinde.

Até agora, só tive a chance de usar o corretivo Intensive Fair, junto com a maquiagem de sempre. Ficou ótimo, e acho até que durou algumas horas a mais do que eu esperava (certamente mais do que aquele que eu uso todos os dias). Quero experimentar o resto e, pelos testes que fiz em casa, acho que vai ficar excelente.


Dicas:

- A blogueira Marina, de Porto Alegre, postou no Youtube tutoriais sobre como aplicar maquiagem mineral. É preciso uma técnica diferente, já que tudo vem em um formato de pó bem soltinho, que espalha muito fácil e que, se colocado em excesso, não fica bom no rosto. Clique aqui para o blog e aqui para os vídeos no Youtube;

- Para quem ainda tem dúvidas sobre os efeitos da maquiagem mineral ou para as descrentes, aqui vai uma matéria muito interessante (em inglês), que explica as diferenças entre a maquiagem mineral de verdade (que é 100% sem conservantes) e as que apenas se declaram (e vendem) como tal. Vale a pena ler.


Fotos:

Um retorno possível

Olá caríssimas leitoras (e caríssimos leitores também),

devo desculpas por ter abandonado o blog por longos oito meses. Durante esse tempo, debati internamente as opções que eu tinha para não deixar o site inativo. Na indecisão sobre que rumo tomar, não tomei rumo nenhum. Cogitei, durante muito tempo, transformar este blog em um espaço sobre estilo pessoal, que é algo com que me identifico mais, me sinto mais à vontade para escrever e também algo que se aproxima mais da minha visão sobre moda. Então, pesando a favor desta escolha o fato de que tenho mais inspiração para falar sobre estilo pessoal do que sobre moda no sentido estrito e artístico do termo, a partir de hoje, Visão de Moda é um blog sobre estilo. A moda não vai desaparecer do blog, é claro, mas a temática principal a partir de agora será outra. Convido a todas (e todos) a me acompanharem nesta nova fase do Visão de Moda. Estão comigo?